O bibliotecário redefinindo novos desafios e atitudes para práticas leitoras nas escolas

mediações e ações em Cariacica/ES

Autores

Palavras-chave:

Bibliotecário escolar., Formação do Leitor., Representação da Informação., Leitura como Prática Libertadora., Atuação política da pessoa bibliotecária., Políticas públicas para a promoção da leitura, da literatura e das bibliotecas., Proatividade e liderança em defesa da profissão., Biblioteconomia .

Resumo

O presente estudo apresenta uma abordagem compreensiva sobre leitura e biblioteca que parte da leitura de mundo mediante o contexto libertário da linguagem humana, que visa à comunicação e, principalmente, a ampliação das visões de mundo, através do contexto de quem fala, de quem lê e de quem escreve. No caminho da libertação pela leitura existe um texto que carrega consigo um lugar de fala, o interpretante e o interpretado se encontram nas leituras possíveis e se adéquam ao contexto, ou interpretações circunstanciais. Os caminhos para esses encontros interpretativos são facilitados pela formação continuada dos profissionais, pela imagem e status da pessoa bibliotecária e da biblioteca – que se ergue para dar acesso as fontes de informação, com o exemplo do livro e outras formas de mediação no espaço da biblioteca escolar. Esses sistemas escolares necessitam atender a questões de acesso, mas devem levar em conta aspectos cognitivos da pessoa humana para promover as práticas leitoras. Conclui-se que há dificuldade de a informação trazer recuos a vida cidadã, nesse sentido a biblioteca escolar tem em sua função social, a missão de ir além da preservação de acervos, ou seja, promover a difusão de informações úteis que promova sentido para uma libertação cidadã, estimulando novas competências e habilidades para toda a comunidade de bibliotecários do país.

Biografia do Autor

Marcelo Calderari Miguel, Universidade Federal do Espírito Santo - Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Vitória, ES, Brasil

Bibliotecário e Administrador pela Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI/UFES) - Linha 2 - Memória, Representação e Informação; Especialista em Educação Científica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) | Membro do Grupo de Pesquisa (CNPq - DGP Reg. Nº: 8448/2017) Tabularium - Políticas de Arquivos: Observatório no Estado do Espírito Santo; desenvolvendo estudos empíricos e teóricos quanto à política, gestão, memória, patrimônio e preservação de documentos arquivísticos no Estado do Espírito Santo, nos variados suportes, nos arquivos públicos e privados. 

Sandra Maria Souza de Carvalho, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Brazil. Endereço: Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES, 29075-910

Sandra Maria Souza de Carvalho orcid
https://brapci.inf.br/index.php/res/v/37294

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – UFES
Brasil

Pesquisadora, Bibliotecária escolar, Animadora Cultural e Poetisa. Atua também com consultoria acadêmica. Pós graduada em MBA em Biblioteconomia pelo Instituto Faculdade Alfa – Alfamérica. Bacharela em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes | https://orcid.org/0000-0002-7418-1874.

Referências

BARTHES, Roland. Leitura. Enciclopédia Einaudi: oral/ escrito, argumentação. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1987.

BENKENDORF, Shyrlei Karyna Jagielski ; MOMM, Christiane Fabíola ; SILVA, Franciéle Carneiro Garcês da. Fundamentos da biblioteconomia e ciência da informação. Indaial: UNIASSELVI, 2018,246 p. Disponível em: https://www.uniasselvi.com.br/extranet/layout/request/trilha/materiais/livro/livro.php?codigo=35640. Acesso em: 22 jul. 2022.

BOURDIEU, Pierre. Coisas ditas. São Paulo: Brasiliense, 1990.

BRASIL. Lei N° 4.084, de 30 de junho de 1962. Dispõe sobre a profissão de Bibliotecário e regula seu exercício. Lex Coletânea, Brasília, 30 jun.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/l4084.htm. Acesso em: 23 jul.2022.

CALDIN, Clarice Fortkamp. A função social da leitura da literatura infantil. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, v. 8, n. 15,p.47-58.2003. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1518- 2924.2003v8n15p47. Acesso em: 25 abr. 2022.

CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: UNESP, 1999.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989.

GIL, F. Categorizar. In: Enciclopédia Einaudi, v. 41: Conhecimento. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2008. p. 52-89.

IFLA/UNESCO. Manifesto Ifla/Unesco Para Biblioteca Escolar. São Paulo.2013. Disponível em: http://www.ifla.org/VII/s11/pubs/schoolmanif.htm. Acesso em: 24 jul.2022.

ISER, Wolfgang. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. São Paulo: Ed. 34, 1996.

LINS, Ivana Aparecida Borges. Biblioteca Pública, convergências e divergências: Chile, Colômbia e Brasil. Orientadora: Kátia de Carvalho. 2016. 198 f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Instituto de Ciência da Informação, UFBA, Salvador, 2016.

MIGUEL, M. C.; CARVALHO, S. M. S. de. Futurar e vivenciar a biblioteca escolar: um comunicado dos nativos digitais para a biblioteca pensar na sua ‘tecnoinovação. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E

CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 18, 2019, Vitória. Anais eletrônicos [...]. CBBD: Desigualdade e Democracia: qual o papel das bibliotecas?, Vitória. 2019. Disponível em: https://portal.febab.org.br/cbbd2019/article/view/2235. Acesso em: 23 jul. 2022.

MILL, Daniel (org.) Dicionário crítico de educação e tecnologias e de educação a distancia. Campinas, SP: Papirus, 2018. 736 p.

RANGANATHAN, S. R. The Five Laws of Library Science. Madras: The Madras Library Association, 1931.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. Ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da leitura. São Paulo: Cortez/ Autores Associados, 1981.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução a pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação: o positivismo, a fenomenologia, o marxismo. São Paulo: Atlas, 1987.

UNESCO: Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Manifesto da IFLA/UNESCO sobre Bibliotecas Públicas 1994. Disponível em: https://www.ifla.org/files/assets/public-libraries/publications/PL-manifesto/pl-manifesto- pt.pdf . Acesso em: 23 abr. 2022.

VYGOTSKY, Lev Semionovitch . A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

VYGOTSKY, Lev Semionovitch. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

Downloads

Publicado

10-10-2022